terça-feira, 8 de março de 2011

Mulheres no Esporte e no Futebol: Guerra dos Sexos?




Há séculos os homens dominaram o esporte, desde a Grécia antiga como prática competitiva em função da religião, status, força e poder. Já a mulher, construiu-se estereótipos de fragilidade, beleza e submissão. Até que por ironia do destino um homem, chamado Thomas Hobbes, teve as primeiras idéias de igualdade esportiva, física e mental entre homens e mulheres. Mesmo não tendo respaldo em suas palavras, este homem teve visão pioneira a cerca do futuro. Este foi o cara.


Mas eis que em 1900, rompendo barreias, as mulheres se inserem nos jogos olímpicos nas modalidades de golfe, tênis e iatismo ganhando, inclusive, premiações. Sem apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI), nem da Federação Internacional de Atletismo Amador (FIAA). Alice Milliat funda, em 1917, a Federação Esportiva Francesa Feminina. Foi assim que, em 1920, setenta e seis mulheres de doze países competiram nas Olimpíadas da Antuérpia. Em 1921, é fundada a Féderation Sportive Feminine Internationale (FSFI), consagrando de vez a luta feminina pela sua inserção no esporte.

No futebol não foi diferente. O que é conhecido hoje, como ato recreativo e entretenimento surgiu como prática militar, na China antiga, há 3000 a.C.. Ao longo do tempo, o futebol foi se readaptado e difundindo-se entre as nações, até chegar a versão popular que hoje conhecemos. No Brasil, o futebol foi introduzido por Charles Miller após viver alguns anos na Inglaterra, país que criou a primeira associação de futebol o “Football Association”, que regulamentou as regras como: tamanho do campo; número de jogadores; a introdução de duas traves para marcar os gols; dias dos jogos; tabelas dos campeonatos e etc. Foi na Inglaterra que se fundou a FIFA (Federação Internacional de Futebol Association), em 1904.



Guerra dos sexos:


Enquanto as mulheres tentavam provar que não estavam dispostas a serem apenas as rainhas do lar, lutando por um espaço no esporte, os homens não escondiam sua aversão as mulheres tanto no futebol como nas diversas modalidades esportivas. Motivações não faltavam, tanto a convenção do papel da mulher na sociedade como também o rótulo do sexo frágil. Não adiantava: mulheres são de Marte e homens são de Venus.

Então um grito ecoou nos anos 60. Mulheres reinvidicaram seu espaço na sociedade e em protesto queimaram seus sutiãs em praça pública, surgia o feminismo. E o que vemos hoje? Todo esporte inclusive futebol é coisa de mulher! E o que futebol tornou-se hoje? PAIXÃO NACIONAL. Seria pouco? Sim. Hoje existe futebol feminino. E entre os nomes de Ronaldo (o fenômeno), Kaká, dentre tantos masculinos uma estrela feminina brilha no país do futebol. É a Marta Vieira da Silva. Quem poderia imaginar que no reinado masculino uma menina de Santa Cruz de Permanbuco ganharia o título de melhor jogadora do mundo em 2006, 2007, 2008 e 2009 pela FIFA, mostrando que lugar de mulher não é na cozinha mas também nos campos de futebol.


Na tv, podemos ver mulheres inteligentes e bonitas a comentar e a participar de eventos esportivos como Myrela Ciribeli, Renata fan, Glenda Kozlowski, etc. É… os homens não vêem as mulheres só nos intervalos comerciais de futebol, fazendo parte das campanhas publicitárias da “Loira” gelada mas, nos campos: a árbitra Sílvia Regina,a bandeirinha Ana Paula Oliveira ou a nossa seleção brasileira de futebol feminino e até nas arquibancadas vibrando, torcendo pelo time do coração.


Tá certo, não vamos esquecer dos momentos que o futebol deixa de ser poesia e as guerras enter os times abafam a alegria, onde os cantos dão espaço para dor. Espaço onde encontram-se a torcida organizada da pancadaria, do superfuturamento de alguns presidentes enquanto seus clubes afundam em dívidas. Ou estádios mal conservados, ceifando até mesmo vidas como ocorrido na Bahia, em novembro de 2007.

Mas futebol é isso ai e muito mais: um espaço que integra povos, é singular e plural. É diversão no domingão com a galera, em casa ou no bar. É para a família e as vezes para temperar o relacionamento vira briga pelo canal de televisão. É diversão para homens, mulheres, crianças jovens adultos e idosos. É emoção quando o timão sai vitorioso do jogo. É para rico, pobre, branco, negro e miscigenado. É alegria ou tristeza se o jogo converte-se em lágrimas expressas no ganhar ou perder.É nação quando gritamos: GOoOoOLLLL. É DO BRASIL!!!!!!!




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