segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MARATONA, A BARREIRA DOS 30 KM.

Nas provas de longas distâncias, como a Maratona, é muito comum nos depararmos com atletas que, durante boa parte do percurso, correm com viva satisfação, muita disposição e entusiasmo, até acenando para o público. Parece que não sentem o calor, as passadas são seguras, o ritmo é constante mas, repentinamente, quase que sem explicação, os braços tornam-se pesados e as pernas movem-se com dificuldade; a musculatura se contrai dolorosamente, o ritmo diminui drasticamente e cada passo a mais transforma-se num suplício que parece não haver mais fim.


Esta situação, que ocorre freqüentemente entre os corredores de longas distâncias, é um fenômeno fisiológico conhecido pelos maratonistas como "barreira dos 30 km".

O termo "barreira" é adequado a esse momento, tamanho é o impacto provocado nos atletas, que esbarram num obstáculo quase que intransponível.

O que determina o surgimento dessa "barreira" é a duração do esforço (longo tempo para terminar a prova) e a intensidade do mesmo (ritmo muito forte), além das condições atmosféricas.

Portanto, as razões para o surgimento da "barreira" podem ser provocadas por três motivos distintos: a falta de glicose circulante, a falta de glicogênio muscular e o superaquecimento do organismo.

No primeiro caso, os atletas são atingidos após 2-3 horas de corrida, quando a glicose circulante na corrente sangüínea vai sendo consumida pelos músculos para obtenção de energia. Isso provoca uma hipoglicemia, ou seja, uma diminuição da quantidade de glicose circulante, falta "combustível" e o atleta é obrigado a diminuir a velocidade e, na maioria da vezes, abandonar a competição.

Os atletas mais lentos são os mais atingidos pela hipoglicemia, pois ainda não possuem um nível adequado de preparação que lhes permitem grandes desempenhos em provas de longa duração, levando horas para terminarem a prova e, quanto mais demoram, maiores as dificuldades. Podem até ir longe, mas sofrerão grandemente os efeitos da falta de glicose.


Entretanto, a hipoglicemia pode ser evitada, desde que o atleta inicie a prova com suas reservas de glicogênio hepático em alta (o fígado armazena glicogênio e, quando necessário, o transforma em glicose para a manutenção dos níveis glicêmicos na corrente sangüínea). Assim, através da ingestão adequada de carboidratos antes e durante a competição, o atleta, correndo num ritmo confortável, obterá um bom desempenho nas provas longas.

A segunda causa da "barreira" é a mais frustrante de todas. Ela atinge justamente os atletas mais rápidos, e ataca sem aviso prévio.

Esses atletas, devido ao ritmo competitivo forte, acabam por utilizar suas reservas musculares de glicogênio para obtenção da energia, esgotando-as precocemente.

Quando as reservas de glicogênio esgotam-se nos músculos em atividade, nada mais há a fazer. A velocidade cai assustadoramente e, o atleta que vinha tão bem, acaba por desistir da disputa, vendo muitos o ultrapassarem, sem qualquer reação.

A falta de glicogênio muscular, porém, pode ser solucionada através do treinamento bem orientado e de uma dieta alimentar que forneça diariamente quantidade ideais de carboidratos (pelo menos 60-65% do valor energético total). Infelizmente, durante a prova, pouco se pode fazer.

O superaquecimento, a terceira causa da "barreira"", é a mais perigosa para a saúde do atleta. A elevação da temperatura corporal ou o superaquecimento pode realmente ameaçar a vida dos atletas.

Assim, disputar uma competição em condições climáticas inadequadas, onde a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar não são favoráveis à disputa competitiva, pode dificultar todo o processo fisiológico de regulação da temperatura corporal, provocando sérios danos ao organismo do atleta, podendo levá-lo até mesmo à morte.

Para se evitar os riscos do superaquecimento, deve-se ingerir líquidos regularmente, tanto durante os treinos quanto nas competições e após as mesmas, seguindo-se as recomendações dos especialistas.

Entendendo-se as causas da "barreira" e como evitá-la, ou seja, através do treinamento bem orientado, de uma alimentação equilibrada e balanceada e de uma adequada hidratação e suplementação de carboidratos durante a prova, poderemos superar com sucesso esse obstáculo fisiológico que nos impede a realização de grandes desempenhos.






domingo, 11 de setembro de 2011

Brasileiros são top 10 no Mundial de Triathlon Olímpico

O Brasil classificou diversos atletas entre os dez primeiros no Campeonato Mundial de Triathlon Olímpico, age group, disputado neste domingo em Beijing, na China. A prova foi realizada com tempo frio, mas sem chuva. Durante a disputa o sol surgiu para tornar a temperatura mais agradável para os brasileiros.


A equipe nacional teve 11 representantes. Thomaz Tropiano Neto foi o quarto colocado na categoria 18 a 19 anos; Frederico da Silva foi quinto na 30 a 34 anos; Leandro Barbosa o sexto na 35 a 39; Gabriele Neri a nona na 20 a 24 e Leila Anchieta a 10ª na 30 a 34 anos.